Este espaço foi pensado para ser simplesmente um repositório de ideias, de fácil acesso a quem se envolva com o grupo que o criou. Não foi pensado para ser, em si mesmo, uma forma de alcançar audiências alargadas.
CIDADANIA
A cidadania é a condição de cidadão, isto é, de pessoa juridicamente vinculada a um determinado Estado, como seu integrante, e, portanto, com os direitos e os deveres que o Estado atribui (por lei) aos seus cidadãos.
Mas a sociedade não se rege apenas pela lei. Como é sabido, o funcionamento das coisas nas diversas sociedades resulta de vários factores, entre os quais sobressai a própria natureza humana (com todas as suas virtudes, os seus defeitos, as suas contradições, etc.), a cultura do povo em questão e o funcionamento formal e informal da administração pública.
CIDADANIA EMPENHADA
Uma sociedade será tanto mais salutar, tanto mais funcionalmente eficiente e tanto mais justa, no sentido mais amplo do termo, quanto mais os respectivos cidadãos se empenharem em contribuir para que sejam os aspectos mais positivos dos factores mencionados acima a serem os referenciais do funcionamento da sociedade.
Ou seja, uma cidadania plena não se resume à cidadania formal. Uma cidadania plena é uma cidadania empenhada em contribuir para que a sociedade, nos seus diferentes aspectos, seja salutar, seja funcionalmente eficiente e seja justa.
CIDADANIA APÁTICA
Cidadãos honestos que não se empenham em fazer a sua parte, dentro das suas possibilidades, no sentido de prevenir, contrariar e corrigir os desmandos e abusos dos detentores dos poderes públicos ou equiparáveis, são sobretudo cidadãos submissos e acomodados.
Queixam-se perante o que percebem como desmandos ou abusos, muitas vezes com razão, mas, se em nada contribuem para que os desmandos e abusos sejam prevenidos, desde logo, e corrigidos quando acontecem, deveriam começar por se queixarem de si próprios.